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Trailer do filme HOME, nosso planeta, nossa casa (um documentário de Yann Arthus-Bertrand) que  foi filmado em 54 países e será lançado mundialmente hoje (05/06/2009) em mais de 50 países, com dublagem em 14 línguas. Numa sequência única de imagens tomadas num vôo sobre o planeta, o diretor reflete conosco sua preocupação diante da crise ambiental mundial, fazendo da película uma espécie de alavanca para ações que mostram-se urgentes e necessárias para revertê-la.

Vendo este trailer lembrei-me do post do ano passado quando questionei nosso comportamento diante da crise ambiental; resolvi não mais perguntar e sim mostrar algumas estatísticas um tanto pessimistas, mas reais.

Porque faço isto? Talvez para chocar, para gerar questionamentos. Por acreditar que é principalmente pela educação e massificação deste tipo de  informação que conseguiremos desencadear um movimento, mesmo que pequeno inicialmente, pela mudança neste cenário crítico.  Acreditando, mesmo contra todas as estatísticas, que é possível.

Veja o filme, está nos cinemas e disponível on-line também, a idéia é disponibilizá-lo para todos, pagantes ou não, visto a importância da mensagem.
Num vôo surpreendente, onde o expectador é colocado como observador crítico, seu objetivo é
convencer o maior número de pessoas da  responsabilidade individual e coletiva em relação ao planeta, através de uma sucessão de imagens contrastantes e impactantes.
UPDATE: em Salvador, está sendo exibido na Sala de Arte da UFBA

E complementando… mais algumas informações sobre a crise ambiental:

– 20% da população mundial consome 80% dos recursos do planeta.
GEO4, UNEP (Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente) 2007

– O mundo gasta doze vezes mais em armas do que em ajuda de desenvolvimento de países.
SIPRI Yearbook, 2008 (Instituto Internacional de Pesquisa em Paz de Estocolmo)
OECD, 2008 (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)

– 5.000 pessoas morrem todos dias por beber água poluída. Um bilhão de seres humanos não têm acesso à água de beber salutar.
UNDP, 2006 (Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas)

– 1 bilhão de pessoas passam fome.
FAO, 2008 (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação)

– Mais de 50% do grão comercializado ao redor do mundo é usado para ração animal ou biocombustíveis.
Worldwatch Institute, 2007
FAO, 2008

– 40% da terra cultivável é degradada.
UNEP (Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente), ISRIC World Soil Information

– A cada ano, 13 milhões de hectares de florestas desaparecem.
FAO, 2005

– 1 mamífero em 4, 1 pássaro em 8, 1 anfíbio em 3 estão ameaçados de extinção. As espécies estão desaparecendo mil vezes mais rápido do que o ritmo natural de extinção.
IUCN, 2008 (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais)
XVI Congresso Internacional de Botânica, Saint-Louis, USA, 1999

– 75% dos produtos da indústria pesqueira estão extintos, esgotados ou em risco de extinção.
Fonte ONU

– A temperatura média dos últimos 15 anos tem sido a mais alta desde o início de seu registro.
NASA GISS data
http://data.giss.nasa.gov/gistemp/graphs/Fig.A.txt
http://data.giss.nasa.gov/gistemp/graphs/Fig.A2.txt

– A calota polar perdeu 40% de sua espessura em 40 anos.
NSIDC, National Snow and Ice Data Center (Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo), 2004

– Poderá haver 200 milhões de refugiados do clima em 2050.
The Stern Review: the Economics of Climate Change
Part II, Cap. 3, pág. 77

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Constrangimento  durante  um papo  com amigos,  colegas de  trabalho/escola ou com o(a) namorado(a): você contando que faz xixi no banho… Imagine a cena. Sua mãe provavelmente lhe ensinou que nunca fizesse. Mas e agora, quando a Fundação SOS Mata Atlântica quer lhe convencer do contrário, você faria?

A campanha que já possui site próprio, super divertido e interativo, é assinada pela agência F/Nazca que utiliza um sapinho como garoto propaganda, já que sapos só conseguem viver em água limpa. Argumento que assegura a preocupação da ONG com a questão da saúde pública. Segundo o pessoal do SOS, deve-se fazer o xixizinho básico logo no início do banho pois desta forma não se transmite nenhum tipo de doença, não seria nojento, nem anti-higiênico. Além do mais, xixi é 95% água,  o resto é sal e uréia, sem esquecer que o xixi é seu e o mais importante, que você não tem nojo de si mesmo. Ou tem?!
Agora você me pergunta, o que pretende esta campanha inusitada? Elementar meu caro leitor: economia de água! Com esta atitude, cada pessoa, fazendo no banho uma vez por dia, economizará 4.320 lts/ano.

E você, está torcendo o nariz prá esta sugestão, ou já faz seu xixizinho na surdina e não conta prá ninguém (risos)? Seja qual for o seu caso, não deixe de passar pelo site, vale conferir a campanha e divulgar; os recursos do planeta (principalmente a água) agradecem!

earth-hour

Ufa, deu tempo de postar!

É hoje o Manifesto A Hora do Planeta , ou melhor, já está sendo, várias cidades estão aderindo, como a Cidade do Cabo – África do Sul que  já apagou as luzes agora (18:20h, hora de Brasília). Veja AQUI o vídeo. Avenidas do Kuwait totalmente apagadas, VEJA também.

O *IDEIAS* apóia!
Então hoje, sábado, 28 de março de 2009, a partir de 20:30h, horário de Brasília, durante uma hora, apaguemos todas as luzes em casa.
Mas atenção gente, é um ato simbólico, apenas apaguem as luzes, podem assistir TV, conectar internet e acompanhar o evento pelo mundo. Está mais do que na hora de utilizar com mais respeito os recursos do planeta (não são infinitos e uma hora destas  acaba!). Sintonize-se com a consciência coletiva hoje e comece a habituar-se com a idéia de preservação, economia de recursos, sustentabilidade … um dia (com muito trabalho) chegaremos lá!

Apaguem as luzes e aclarem as consciências!

agua

Juro que no dia 22, domingo, eu queria ter vindo aqui escrever, mas fiquei sentada diante da água, embora salgada, mergulhando, ingerindo líquidos que tinham água em sua composição, apesar de ser mais etílica; e mais tarde, usando a água para atividades menos mundanas me lembrei de fechar a torneira quando não a estava utilizando.

E você, o que fez? Espero que não tenha desperdiçado muita água…

É verdade que 1/6 da população mundial já sofre pela inexistência de água potável no seu cotidiano e as previsões continuam desanimadoras mostrando que em breve (2030 – são só mais 20 anos) mais de 1/3 da população mundial perderá acesso franco a esse indispensável bem natural.

Você sabia que se 20.000.000 de pessoas fechassem a torneira toda vez que escovam os dentes ou ensaboam-se no banho seria economizado um volume de água correspondente a 9 minutos ininterruptos das cataratas do Iguaçu? Pensou??

Semana passada eu soube de uma notícia como tantas outras que sabemos todos os dias, mas que me deixou boquiaberta diante do paradoxo.
No Ceará, exatamente no sertão, nas cercanias do município de Nova Jaguaribara, passa um canal de água doce, o Canal da Integração (olha só o nome!). O canal leva a água do Açude Castanhão até Fortaleza com o objetivo de irrigar plantações de frutas tipo exportação e abastecer a região metropolitana e a zona portuária. Tudo perfeito se não fosse um detalhe: durante o percurso, este canal corta uns 15 municípios onde vivem sertanejos sem nenhuma infra-estrutura hídrica, não possuem água encanada e muito menos podem acessar o canal para retirar um pouco de água. Porque não? O governo do Estado, para imperdir o desvio desta água, que passa pela porta dos sertanejos, criou um forte esquema de segurança com guardas motorizados e armados 24 horas, vigiando toda a extenão do canal, além de um circuito de vídeo com câmeras que monitoram toda a área. Todo este aparato ainda conta com o auxílio da polícia militar, numa verdadeira operação de guerra. Enquanto isto os sertanejos, que não tem água em casa, nem para beber, mas que a veem passar todos os dias pela sua porta, se quiserem ter acesso a esta fonte tem de agir como ladrões.

Pois é… Isto tudo me fez traçar um paralelo. O Brasil detém grande parte do manancial de água doce do planeta. Mundo afora, tem quem defenda que a Amazônia é território mundial. Será que num futuro não muito distante entraremos, como os sertanejos do Ceará, numa guerra por esta água?

Enquanto isso jogamos lixo nas ruas mesmo sabendo para onde ele vai, deixamos litros de água limpa literalmente escorrendo pelo ralo e tratamos do assunto com a despreocupação peculiar de quem aprendeu com a cultura do desperdício e da alienação. 

Não, está não é uma prévia fashion da próxima temporada outono-inverno!
Clique para ampliar e tente não seguir esta tendência.

Adotar um estilo de vida sustentável já é um primeiro passo.

( foto: Greenpeace )

Num concurso com mais de 1400 fotos inscritas, esta foto foi a vencedora. Trata-se da disputa pelo título de “Fotógrafo Ambientalista do Ano” promovido em Londres por uma instituição que cuida do gerenciamento de recursos ambientais. As fotos vencedoras foram expostas no Mil End Arts Pavillion, em Londres, de 17 de setembro até 11 de outubro de 2008.

O vencedor foi o indiano Abhijit Nandi, especialista em portraits, diz que sua foto quis passar a mensagem da relação ancestral entre a mãe Terra e seus filhos. Foi feita num vilarejo no leste da Índia: uma mulher retornando para casa após um dia de trabalho no campo, onde ajuda o marido numa plantação ao mesmo tempo que cuida dos filhos.
O que mais me chamou atenção na foto foi o tom verde predominante, se foi mera coincidência (falo isso porque nestes tempos de photoshop interferências sempre são possíveis), tornou o instantâneo a expressão perfeita para o tema proposto no concurso.

Um evento que além de fomentar o trabalho artístico com enfoque no meio ambiente traz o diferencial da preocupação ambiental refletindo sobre pobreza, ecologia, produção de lixo, desigualdade social, poluição, direitos humanos, aquecimento global e biodiversidade.

Aproveite e reflita também contemplando algumas das fotos premiadas. Descrições das fotos você vê AQUI  (clique para ver ampliada):
  
  

[ fotos DAQUI ]

Em todo planeta, a cada 15 segundos morre uma criança por escassez ou insalubridade de água.
Em todo o planeta, mais de um bilhão de pessoas (aprox. 1/6 da população mundial) não possuem acesso à água tratada.

Esta triste realidade inspirou o evento Music for Life: water for all!  organizado pela rádio belga Studio Brussels em parceria com a Cruz Vermelha (em dez/2007), gerando o vídeo “Black Boy Wanting Water“, carro chefe da campanha criada pela agência Mortierbrigade, que parte de uma rotina usual em “talk shows”, em que todo apresentador tem um copo d’água a seu lado.
Desta forma, durante três dias, um garoto negro invade studios de gravação para beber a água disponível nos tais copos. Objetivo atingido. Sem muitas produções, aproveitando-se apenas de toda uma infra-estrutura montada em diversos programas (mídia gratuita), a ação arrecadou nada mais nada menos do que 3.353.000,00 durante os 6 dias em que a campanha foi veiculada via internet, tv e mídia impressa.

Uma iniciativa genial, provando que as consequências da escassez de água potável podem ter solução muito mais simples que podemos imaginar.
E por falar nisto, pense duas vezes quando abrir a torneira em sua casa, deixe-a aberta apenas o tempo necessário, a Vida agradece.

Assista o vídeo da campanha, imperdível!!

(Premiado com o Titanium Lion 2008 em Cannes) 

( fonte: Brainstorm )

Trocar o carro pela bicicleta viria a ser solução para alguns problemas urbanos, evitar congestionamentos, reduzir emissão de CO2 e consumo de combustíveis nesses tempos em que o bio-combustível ameaça a produção de alimentos. Acontece que nem tudo é tão simples e a grande maioria das pessoas não quer nem sonhar em trocar o conforto do seu automóvel por uma bicicleta, mesmo que seja para investir numa sobrevida para o planeta.

Esse papo todo porque andei lendo algo sobre um estacionamento criado pela Inout Designers, um manifesto a favor da sustentabilidade urbana que permite colocar na mesma vaga destinada a um automóvel, seis bicicletas. Trocando nosso carro por uma bicicleta – não precisa ser todo dia, comece com um dia, tudo é uma questão de acostumar-se (estou dizendo isto para mim também) – começaremos a fazer parte efetiva deste manifesto, que mais do que criar uma peça, chama atenção de forma prática e inteligente para o caos que se instala diariamente nos grandes centros urbanos, de proporções e consequências já sentidos.

A iniciativa seria ótima se não esbarrasse em outros problemas, os de infra-estrutura urbana. Quais cidades brasileiras possuem uma boa malha de ciclovias? Estamos preparados para sermos sustentáveis? Infelizmente acho que não. Aqui mesmo em Salvador, a SET diz que “criou” uma via expressa exclusiva para ônibus. Criou nada!  Ao invés de construir esta nova via, o que fizeram? Conseguiram apenas aumentar os congestionamentos nos horários de “rush” suprimindo uma faixa de rolamento justamente no momento em que a cidade revela altos níveis de crescimento urbano. Ciclovias? Apenas para quem usa a bicicleta como opção de lazer, no calçadão à beira mar.

Soluções existem, o problema real está no estilo de vida que criamos e nas políticas urbanas e de transporte de massa que dia após dia revelam-se cada vez menos sustentáveis.

Mas voltanto ao manifesto, o design da peça é uma grande sacada.

(fonte: Blue Bus)

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“O ser humano se diferencia dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por ser Livre. Livre é o estado daquele que tem liberdade. Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.”

Podem me chamar de idealista, romântica, sentimentalóide, tola, sonhadora, mas eu creio numa coisa: o Capitalismo rouba a Liberdade das pessoas. Liberdade no seu conceito mais puro e desejado, que traz intrínseco todas as causas e consequências que o estado nos expõe.
Então, aqui e agora, você terá a ‘liberdade’ de achar que estou falando besteira, mas mesmo que discorde de mim, ou até concorde (é mesmo?!), assista este curta e deixe-se conduzir pela lógica simples, que tão inteligente e ironicamente ele expõe, sobre o funcionamento da sociedade de consumo, que em muitos momentos chega a ser tão podre quanto o lixo que produz.

ILHA DAS FLORES – curta metragem
Brasil – 1989 – Direção: Jorge Furtado – Elenco: Paulo José (narração) e Ciça Reckziegel (D. Anete).
Criado há 20 anos, mas extremamente atual. Não deixem de assistir, é muito, muito bom!!